Vin Santo
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Essa especialidade italiana não é exatamente uma denominação de origem, mas também não deixa de ser. Entenda o porquê!
Esse é um vinho de sobremesa, elaborado a partir de uvas de excelente qualidade, que são colocadas para secar, depois de colhidas, em esteiras de palha ou também apoiadas ou penduradas em grades de madeira. Durante esse processo, chamado de apassimento, as uvas perdem água e concentram compostos.
O vinho é fermentado e envelhecido por longos períodos em barris de madeira, que são armazenados nos sótãos da vinícola, também chamados de vinsantaia. Localizados no topo da vinícola, esses locais estão expostos a grandes variações de temperatura, que contribuem para o desenvolvimento dos aromas e sabores que caracterizam o Vin Santo.
De cor particularmente âmbar, o Vin Santo costuma ter aromas de mel, de frutas cristalizadas, de tamarindo, de nozes e de flores.
Quando o Vin Santo é tinto, o que raramente acontece, ele recebe o nome de Vin Santo Occhio di Pernice, que quer dizer “olho de perdiz”, pois essa ave tem mesmo um olho vermelho.
A grande maioria do Vin Santo produzido na Itália não está atrelado a nenhuma denominação de origem. Mas há, sim, denominações de origem que regulam a sua produção, como por exemplo a denominação Carmignano, que tem versões branca e tinta desse vinho. Chianti, Chianti Classico e Montepulciano, por sua vez, criaram denominações de origem próprias para regular suas versões de Vin Santo.
As uvas utilizadas na produção do Vin Santo variam de acordo com a região e, também, de acordo com as regras estabelecidas pelo conselho regulador da denominação de origem, se for o caso.
Falando em regiões, a Toscana é a mais notória delas, no que diz respeito à produção de Vin Santo. Mas esse estilo de vinho é produzido, também, em outras regiões, como Vêneto, Emilia-Romagna, Marches, Umbria e Trentino.
A harmonização mais tradicional na Itália, para o Vin Santo, é com cantuccio, um biscoito de amêndoa típico da Toscana, que costuma ser, inclusive, mergulhado no vinho!
Antes que a gente esqueça, uma pergunta: por que esse estilo de vinho leva esse nome? Diz a lenda que em 1348, em Siena, um monge teria oferecido o vinho que ele utilizava nas missas para pessoas atingidas pela peste bubônica, que teriam sido assim curadas, o que fez o tal vinho ser chamado de Santo. De qualquer forma, vale lembrar que o Vin Santo é, sim, bastante utilizado, até hoje, na celebração de missas na Europa, e principalmente na Itália, é claro. Se quiser ler mais sobre esse assunto, clique aqui.
Para encerrar, uma curiosidade: o Vin Santo é também conhecido como o “vinho da hospitalidade” ou “vinho da amizade”, por ser oferecido pelo anfitrião, em ocasiões especiais! Que tal surpreender seus amigos, com essa ideia?
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